Rádio Germinal

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

O Pobre de Direita e a Miséria do Intelectual de Esquerda - Nildo Viana



O Pobre de Direita e a Miséria do Intelectual de Esquerda

Nildo Viana

Hoje vem se tornando comum ver alguns breves artigos e referências em redes sociais a uma figura curiosa, denominada “pobre de direita”. Esse é criticado, ironizado, condenado. É possível discutir quem é o suposto “pobre de direita”, o significado desse termo, os indivíduos que “encarnariam” esse rótulo, entre outros problemas. Mas não basta estudar e analisar o rotulado, pois assim corremos o risco de reproduzir a rotulação e os rotuladores. É preciso ir além e analisar também os rotuladores. Por isso vamos, inicialmente, analisar o significado da expressão “pobre de direita” e depois vamos analisar quem são os intelectuais e aspirantes a intelectuais[1] que inventaram tal termo e por qual motivo.
Em primeiro lugar, a expressão “pobre de direita” é extremamente “pobre”. O que é ser “pobre”? O que é ser de “direita”? O termo “pobre”, como conceito que expressaria algum grupo ou categoria social é impreciso, abstratificado, ideológico. Quem é “pobre”? Quem ganha menos de 2 salários mínimos? Quem é desempregado? Quem não tem casa própria? Os mendigos? O termo “pobreza” é uma abstratificação e por isso não tem significado preciso e real. Os institutos de pesquisa de opinião inventam critérios para delimitar quem é “pobre” e geralmente é a renda o critério principal, quando não é o único[2]. Na concepção marxista, esse termo não tem sentido, nem precisão. O uso desse termo abstrai as classes sociais e sua conceituação e a substitui por um termo abstratificado. Assim, só teria sentido se fosse delimitado, precisado, relacionado com a totalidade das relações sociais e com as classes sociais. Outra questão é o caráter pejorativo que geralmente tem a palavra “pobre”, tanto no sentido geral quanto no sentido de “grupo social”.
O outro termo que complementa a expressão é “direita”. O que é a direita? A direita seria a posição política que se opõe à esquerda e nessa antinomia há distintas definições de ambos os termos. Tradicionalmente, e que era hegemônico até pouco tempo atrás, a direita era a burguesia acompanhada por seus representantes e aliados e a esquerda era o proletariado ao lado de seus representantes e aliados. Os liberais, no entanto, buscaram mudar o sentido das palavras, a direita passou a expressar a posição dos partidários da “liberdade” e/ou do “mercado” e a esquerda passou a ser a posição partidária da “igualdade” e/ou do “estado”, ou seja, passou a girar em torno de princípios ideológicos abstratificados[3]. Essa deformação liberal (logo, “de direita”) dos termos “direita” e “esquerda”, que ofuscou o seu caráter de classe, foi antecipada pela deformação dos bolchevistas (“de esquerda”), que deslocou o significado desses termos das lutas de classes para lutas de partidos. Isso ocorreu através da autodeclaração do partido bolchevista segundo a qual ele seria a suposta “vanguarda” do proletariado e, por conseguinte, a própria “esquerda”, tendo vizinhos pela direita (a social-democracia, que seria “centro-esquerda”, esquerda reformista ou algo parecido) e vizinhos da esquerda (os “esquerdistas”, extra ou antiparlamentaristas que estariam acometidos por uma “doença infantil”, segundo Lênin e seus discípulos).
Assim, esses termos abstratificados, direita e esquerda, são problemáticos e seu caráter abstratificado permite os mais patéticos malabarismos, como, por exemplo, dizer que o nazismo e o regime militar no Brasil são de esquerda por ser estatista (usando a deformação liberal segundo a qual haveria uma oposição em torno do dilema “mercado” ou “estatização”, sendo que todas as duas são posições não-marxistas, pois o marxismo é antimercado e antiestado, bem como ambos são prejudiciais ao proletariado). Da mesma forma, permite que partidos como o Partido Bolchevique denomine como direitista e contrarrevolucionário todos (revolucionários e proletários) que lutam contra o regime ditatorial implantado por ele. Isso cria uma confusão gerada pelo obscurantismo político da direita e da esquerda. E ambas ganham com isso.
A política obscurantista sempre foi a política tanto da direita quanto da esquerda. Manter a ignorância facilita a manipulação eleitoral ou político-partidária. É por isso que a expressão “pobre de direita” é obscurantista. Hoje, diversos “intelectuais de esquerda” (jornalistas, blogueiros, etc.) vociferam contra o “pobre de direita”. Assim, a expressão abstratificada é encarnada em indivíduos reais, de carne e osso. Existem inúmeros textos na internet sobre essa fantasmagoria chamada “pobre de direita”. Mas quais são os indivíduos reais que encarnam esses termos abstratificados? Um professor de esquerda pode nos responder a essa pergunta. O pobre de direita seria aquele indivíduo “pobre” que se considera liberal, sem ter capital e propriedade, que passa a vida sonhando ser burguês, que é contra os direitos sociais e contra o Estado[4]. O “pobre” não é definido, mas, no fundo, é o trabalhador, como deixa entrever alguns textos. Mas a esquerda eleitoral não pode falar mal dos trabalhadores e por isso é melhor usar um termo que a maioria não se identifica: “pobre”.
Basta ver os autores dos diversos textos que tratam disso, dos blogs e meios de comunicação em que isso aparece, para identificarmos rapidamente os produtores e reprodutores dessa expressão ridícula e abstraficada. São os intelectuais de esquerda, sendo que atualmente a maioria é composta por viúvas do PT (Partido dos “Trabalhadores”), bem acompanhada pelas outras esquerdas que nunca ultrapassam o nível da disputa eleitoral.
O termo “pobre de direita” é uma expressão abstratificada que quer convencer que pobre deve ser de esquerda... E ser de esquerda quer dizer adepto da burocracia estatal e defensor do aparato estatal, bem como dos supostos benefícios oferecidos por ele, como a “proteção social”. E, por conseguinte, eleitor do PT ou dos partidos da dita esquerda, cada vez mais direitista, diga-se de passagem. Eis a mágica: trabalhador deve votar no PT, senão é um “pobre de direita”! Os intelectuais de esquerda se esquecem de esses “pobres de direita”, em sua grande maioria, votaram no PT, que foi eleito quatro vezes para o governo federal e este, uma vez no poder, executou políticas neoliberais e neopopulistas e abandonou os trabalhadores, perdendo seu apoio. Mas o PT arrumou emprego e pagou bem aos intelectuais de esquerda, que agora temem perder os privilégios e por isso vociferam raivosamente contra os “pobres de direita”. A lógica petista deve ser: continuem pobres, mas sejam de esquerda! O objetivo é fazer o “pobre de direita” virar “pobre de esquerda” e para isso ele deve votar no PT. Mudar a posição política e continuar sendo explorado, enganado, humilhado, etc. Mas a vida dos petistas e dos intelectuais de esquerda certamente melhoraria...
Em síntese, o pobre de direita deveria se transformar em pobre de esquerda, ou seja, social-democrata. Obviamente que “social-democrata”, no Brasil, é uma mera ficção[5]. No fundo, significa ser petista, ou seja, neoliberal neopopulista, que esteve no governo federal por três mandatos presidenciais completo e metade de um outro mandato e não fez nada para que os “pobres de direita” ficassem ao seu lado. A única coisa que fez foi jogar migalhas para o lumpemproletariado, cooptar setores de movimentos sociais e da intelectualidade. Não fez política para os trabalhadores, por razões obvias, pois quem representa a burguesia não pode beneficiar o proletariado e as classes desprivilegiadas.
Em poucas palavras, os intelectuais de esquerda consideram absurdo os “pobres de direita” não serem “pobres de esquerda”, apesar de terem apoiado as pobres políticas de direita para os “pobres”, que continuaram “pobres”, independente de serem de direita ou de esquerda[6]. Podemos resumir ainda mais: pobre deve ser petista, mesmo que tenha sofrido em 14 anos de governos petistas e por isso não pode ser “direitista”. Quem diria que até petistas conseguiriam ser criativos a ponto de criar uma nova definição de direita e esquerda! Direita é quem é contra o PT e esquerda é quem é a favor do PT! Apesar da originalidade aqui ser apenas uma cópia do que o discurso reacionário afirma (esse diz que tudo que é petista, inclusive elementos neoliberais e neopopulistas, é de “esquerda” e “comunista” e vice-versa)[7], uma versão mais suave do estratagema retórico de acusar de fascistas todos que são contra o PT. Mas isso não é descartado, pois o “pobre de direita” pode apoiar o fascismo, ou seja, é potencialmente um fascista[8].
Nesse momento, os petistas mais atentos deveriam gritar: “volte João Santana!”[9]. Pois com esse discurso retórico, os petistas jamais ganharão eleições novamente. Agora começa atacar até os trabalhadores... O Partido dos “Trabalhadores” não gosta dos “pobres de direita”, apesar dele ser um dos principais responsáveis por muitos deles assumirem hoje posições conservadoras[10]. Antes, em 1982, o lema era “trabalhador vota em trabalhador”[11]. Depois que os petistas descobriram que o processo eleitoral não funciona assim e que os candidatos petistas eram cada vez menos trabalhadores, mudaram a propaganda eleitoral. Passaram a não falar dos trabalhadores. A propaganda eleitoral funcionou e o PT chegou ao poder. Nada fez para os trabalhadores e perdeu apoio continuamente. Agora ataca os trabalhadores, sem assim chamá-los, mas com a pecha de “pobres de direita”.

Claro que alguns podem questionar se isso é apenas obra de petistas. Sem dúvida, isso não é obra apenas de petistas e sim dos intelectuais de esquerda, tanto desse partido, quanto simpatizantes e próximos (de outros partidos de esquerda, etc.). Mas a fábrica de absurdos é comandada pelos intelectuais do PT. Basta ver os sites e blogs que mais divulgam tais ideias:
1)     O site brasil247
3)     O blog de Paulo Henrique Amorim, financiado pelos governos petistas[12] (https://www.conversaafiada.com.br/tv-afiada/o-pobre-de-direita-adorou-a-racao), entre diversos outros.
Sem dúvida, a ideia de “pobre de direita” não foi criação recente. Em pesquisa no google, é possível ver mais de 700 menções a tal termo no ano de 2012[13]. Em 2013 um pouco mais que 800, um pouco mais de 1000 em 2014 e também em 2015. Em 2016, no ano do impeachment de Dilma Roussef, dobrou, indo para mais de 2000. Em 2017 chegou a mais de 4 mil resultados com uso de tal expressão. Claro que se pode dizer que foi o aumento de eleitores de Bolsonaro ou de pessoas se autodeclarando “liberais” que promoveu isso. Porém, uma coisa é questionar eleitores do Bolsonaro ou trabalhadores que dizem ser liberais, outra coisa é usar tal termo, que mostra o ressentimento dos intelectuais de esquerda em relação aos trabalhadores e os interesses eleitorais nesse processo. Para quem convive com a classe intelectual e a acompanha nas redes sociais, o ressentimento (rancor) é visível e aqueles que estavam supostamente ganhando com o Governo Dilma se tornaram magoados com os trabalhadores que não a defenderam ou ficaram indiferentes[14].
Os intelectuais de esquerda cada vez mais se integram no capitalismo e em suas disputas e consideram que assim estão “atualizados” e “politizados”, ao invés de perceberem que assim estão sendo engolidos pelo movimento do capital e pela hegemonia burguesa. A formação intelectual é cada vez menor e o posicionamento pautado no interesse pessoal cada vez mais evidente. Isso é mais forte no caso brasileiro por causa da política de cooptação do Governo Dilma em relação à intelectualidade. A classe intelectual é uma classe auxiliar da burguesia, mas os seus setores hegemônicos, mais eruditos, etc., geralmente preferiam assumir o discurso da neutralidade ou das posições mais gerais e abstratas. A partir do Governo Dilma muitos intelectuais passaram a assumir posições pró-governistas e pró-partidárias, o que reforçou, por sua vez, o antipetismo. Este, uma vez existindo e conseguindo adeptos nas classes desprivilegiadas, se tornam alvos dos intelectuais petistas e seus semelhantes. O impeachment e a diminuição de políticas governamentais favoráveis (de cooptação) à classe intelectual completa o quadro. É nesse momento que surge o ressentimento dos intelectuais de esquerda e seu curioso ataque aos “pobres de direita”.
Outra dúvida pode surgir: “mas e o pobre que se diz de direita”? Em primeiro lugar, o termo “pobre” é problemático e deve se descartado. No caso, os indivíduos das classes desprivilegiadas que se dizem “liberais” ou, mais abstratamente, de “direita”, são raros e de pouca importância política. A maioria desses indivíduos não diz isso, mesmo apoiando os partidos conservadores e ideias burguesas. No entanto, a importância do voto nos partidos conservadores (direita) é pequena, da mesma forma que o voto nos partidos progressistas (esquerda). Seria preciso tematizar o “pobre de esquerda”, para usar terminologia problemática, pois os indivíduos das classes desprivilegiadas que votam e apoiam o PT, por exemplo, são tão enganados e ludibriados, e agem contra si mesmos, quanto os que votam no PSDB ou qualquer outro partido assumidamente conservador. Em questões concretas, como, por exemplo, as atuais reformas retrógradas em curso atualmente, o voto pouco alteraria, pois o que poderia impedir esse processo seria a força do movimento operário, que é demonstrada principalmente através das greves, mas é complementada por manifestações, ações, politização, etc. A burocracia sindical, que fica a reboque da burocracia partidária (veja CUT-PT, CTB-PCdoB, etc.), não luta mais pelos direitos trabalhistas e sim por seus próprios interesses, especialmente eleitorais e burocráticos. Nesse sentido, seria a auto-organização e autoformação dos trabalhadores o foco dos intelectuais engajados e não ataques aos “pobres de direita”, que não serve para politizar e sim para despolitizar.
No plano cultural e político, a maioria dos trabalhadores sempre apoiou e votou nos partidos conservadores, pois, se assim não fosse, só existiriam governos de esquerda ou revoluções. Isso não é novidade e não é inventando essa coisa esdrúxula que é a expressão “pobre de direita” que se avança na compreensão e na luta política. Assim, a questão mais importante é a questão que sempre intrigou e preocupou o bloco revolucionário: a passagem do proletariado de classe determinada pelo capital (desde sua condição de classe até a hegemonia burguesa, o que mostra o predomínio das ideias dominantes no proletariado e que atinge o conjunto das classes desprivilegiadas), para classe autodeterminada, revolucionária. Essa é uma discussão muito mais complexa e profunda e não a dicotomia entre “direita” e “esquerda”. Se os trabalhadores vão escolher o carrasco da direita ou o carrasco da esquerda, tanto faz. O que interessa é que eles se libertem dos seus carrascos e conquistem a liberdade real.
Essa discussão mais complexa remete ao problema da hegemonia burguesa, expressa tanto pelos conservadores (direita) quanto pelos progressistas (esquerda) e como essa última é peça chave para que os trabalhadores não ultrapassem o nível do reformismo (e, hoje em dia, nem cheguem a tal nível...). Portanto, cabe aos intelectuais engajados criticarem os chavões da esquerda, tal como a do “pobre de direita”, bem como denunciarem a miséria mental dos intelectuais de esquerda, e apontar para a necessidade do proletariado e classes desprivilegiadas combaterem tanto conservadores quanto progressistas, almejando sua real libertação, o que só pode ocorrer com a autogestão social








[1] Aspirantes a intelectuais são estudantes e amadores que se preparam ou desejam se tornarem intelectuais (no sentido de uma classe social e não de “inteligência” ou competência intelectual real), ou seja, especialistas no trabalho intelectual (artistas, jornalistas, cientistas, etc.). Não é demais repetir que intelectuais aqui se refere a uma posição de classe, ou seja, na divisão social do trabalho, e não sabedoria ou inteligência. Nem todo sábio é um intelectual e nem todo intelectual é um sábio.
[2] Veja exemplo de como determinado instituto de pesquisa governamental, durante o Governo Dilma, inventou que a pobreza no Brasil havia diminuído e que acabaria em 2016 (clique aqui).
[3] Uma crítica geral à terminologia antinômica “esquerda-direita” e seu caráter abstratificado e ideológico, pode ser visto no texto “Direita e Esquerda: Duas Faces da Mesma Moeda” (para acessar esse texto, clique aqui).
[4] Esse texto, assim como todos que tivemos acesso e que tratam desse tema, é extremamente fraco, cheio de equívocos e problemas de análise e compreensão da realidade. Nesse caso (clique aqui para acessar o texto), realiza uma contraposição entre ser liberal e não ter capital e propriedade. Aqui já mostra a pouca bagagem cultural do crítico dos pobres de direita. Ser liberal significa se adepto de uma ideologia, a liberal. Qualquer um pode ser adepto de tal ideologia, tendo ou não capital ou propriedade. O que é impossível é ser burguês sem capital... Não é o caso. Ainda usa o estratagema retórico de dizer que ele pode ceder ao fascismo. O perigo do fascismo é o discurso dos social-democratas para conseguir apoio popular e unificar as demais esquerdas sob sua bandeira e angariar votos com esse discurso retórico e vazio. O antifascismo, já dizia Barrot, é o pior produto do fascismo (veja o seu texto clicando aqui).
[5] Não existem partidos social-democratas no Brasil. Há, no máximo, indivíduos keynesianos e social-democratas. Partidos com essa posição política não existem. O PT, em sua origem, era social-democrata, mas neopopulista, pois jamais realizaria políticas social-democratas no capitalismo subordinado, sendo apenas discurso eleitoral, abandonado pela ânsia de chegar ao poder. Foi assim que ele mudou o seu neopopulismo com discurso social-democrata para o de discurso neoliberal progressista.
[6] Além de falsificar dados estatísticos e manipular informações para que se acreditasse que se “reduziu” a pobreza no Brasil (veja link na nota 01).
[7] Se no Brasil tivéssemos “intelectuais de esquerda” mais sólidos e embasados, já deveriam ter percebido que se as esquerdas brasileiras quiserem ter algum futuro eleitoral, devem enterrar definitivamente o Partido dos Trabalhadores, o que significaria buscar alternativas, pois apostar em um partido moribundo é apenas expressão de sua miserabilidade intelectual.
[8] “O pobre de direita além de ser um figurante de burguês é terreno fértil para o fascismo”, afirmação do professor José Menezes Gomes, veja link na nota 03.
[9] Publicitário (“marqueteiro”) responsável pelas propagandas eleitorais vitoriosas do PT e que foi preso pelos esquemas de corrupção do Governo Dilma.
[10] Veja o texto “Anticomunismo e Antipetismo: A Gênese do Discurso Reacionário”, clicando aqui.
[11] Para quem não viveu nessa época, confira um texto sobre isso clicando aqui.
[12] E não só ele, como os demais citados acima (clique aqui para ver notícia na qual o Governo Michel Temer corta o apoio financeiro a tais blogs e sites).
[13] Em 2011: 447; 2010: 358; 2009: 230; 2008: 152; 2007: 05; 2006: 08; 2005:02 (embora esse resultado seja falso, pois é link para outro blog com postagem de 2018... (http://grupobeatrice.blogspot.com.br/2005/10/as-vtimas-da-guerra-e-os-que-lucram.html) e o mesmo vale para 2006, ou seja, nesse anos não houveram referências a tal expressão. Isso também significa que a quantidade real é menor nos demais anos, mas de qualquer forma há um crescimento paulatino e um crescimento proporcional maior a partir de 2016 e novamente em 2017.
[14] É preciso lembrar que as classes desprivilegiadas também não foram para as ruas, com raras exceções, para pedir impeachment, pois a maioria percebeu que a disputa de poder não lhe dizia respeito diretamente. A indiferença de grande parte dos trabalhadores é apenas o resultado da percepção, embora pouco clara, de que a política institucional serve à classe dominante.

Nenhum comentário:

Postar um comentário